Se você já conviveu com um filhote, sabe bem o quanto aquelas pequenas presas afiadas parecem ter vontade própria. Em minha experiência com a Luna, uma labradora que adotei ainda bebê, os primeiros meses foram recheados de mordidas inesperadas nos dedos, nos chinelos e até em parte da minha parede. Ensinar um filhote a conter esse impulso é um processo que requer mais que técnica — exige sensibilidade, constância e, acima de tudo, empatia.
Filhotes, assim como crianças pequenas, são pequenos exploradores. Mas, ao invés de usar as mãos, eles usam a boca. Esse comportamento está intimamente ligado à forma como eles processam o mundo à sua volta. Cada mordida é um teste, uma investigação tátil de formas, cheiros e sensações.
Entre a segunda e a sexta lua de vida, os filhotes entram num período crítico: a substituição dos dentes de leite pelos permanentes. É um tempo de coceiras incessantes, desconforto e, às vezes, dor real. Quando passei por isso com a Mel, nossa golden, percebi que mastigar parecia ser seu único alívio. Oferecer brinquedos gelados foi um alívio sutil, mas eficaz.
Não é raro que o filhote morda como uma tentativa de chamar atenção. Basta uma risada, um grito ou um movimento rápido para que ele associe aquela reação como recompensa. E se algo dá certo uma vez, eles repetem — como um disco riscado de vinil, sabe?
| Tipo de Mordida | Comportamento | Resposta Recomendável |
|---|---|---|
| Brincalhona | Sem intenção agressiva; leve | Desviar para brinquedos apropriados |
| Para Atrair Atenção | Desejo de interação imediata | Ignorar e não reforçar o gesto |
| Excitação Exacerbada | Estado de hiperatividade | Reduzir estímulos e acalmar o ambiente |
| Por Dor ou Medo | Reflexo a incômodos ou ameaças | Evitar punições e entender os gatilhos |
| Frustração | Quando um desejo é negado | Trabalhar o autocontrole com comandos básicos |
Um sonoro “Ai!” pode simular o que um irmão canino faria. Não é para gritar de raiva, mas para provocar um instante de pausa e surpresa no filhote. Foi assim que o Thor aprendeu a ter mais cuidado — bastou ver minha expressão facial junto do som para ele entender que havia exagerado.
Tenha mordedores estrategicamente espalhados. Se ele for para sua mão, gentilmente diga “não” e ofereça um brinquedo com textura diferente. Com o tempo, ele associará: “mão não pode, mordedor sim”. Parece mágica, mas é apenas repetição inteligente.
Filhotes detestam ser ignorados. Se a mordida persistir, levante-se e afaste-se sem fazer alarde. Um minuto de ausência já é o suficiente para gerar reflexão canina. Quando voltava para perto do Max, ele já estava mais calmo — e mais cuidadoso.
O reforço positivo aqui é rei. Quando o filhote soltar algo ao comando, ofereça um petisco saboroso. Esse pequeno gesto vai cultivando o autocontrole. Eu usava cubinhos de frango desidratado, e funcionava bem demais!
Nenhum humano ensina melhor o controle da mordida do que outro cão. Ao brincar com filhotes mais equilibrados, seu cachorro aprende, na prática, o limite entre a diversão e a dor.
Um filhote entediado é uma bomba-relógio de mordidas. Caminhadas curtas, brinquedos interativos e desafios como “onde está o petisco?” espalhados pela casa fazem toda a diferença.
Filhotes se sentem mais seguros com previsibilidade. Hora para comer, para brincar, para dormir, tudo isso organiza a mente dele — e reduz as chances de comportamentos impulsivos.
Se o filhote não responde às correções caseiras, ou se morde com força excessiva, talvez seja o momento de consultar um profissional. Isso também vale para lares com crianças pequenas ou sinais de agressividade.
Na minha cidade, procurei uma adestradora chamada Lara, especialista em reforço positivo. Em poucas semanas, vimos progresso notável — e o ambiente em casa se tornou muito mais harmonioso.
Ensinar um filhote a não morder não acontece da noite para o dia. É um processo, muitas vezes cansativo, mas profundamente gratificante. Quando vimos que o Nico finalmente entendeu os limites, foi uma vitória silenciosa — mas enorme.
Seja firme, mas gentil. Seja paciente, mas persistente. No fim, o vínculo que você constrói com seu filhote valerá cada mordida, cada sapato perdido, cada noite mal dormida.
Quase nunca. A maioria das mordidas são uma forma de explorar ou brincar. Mas se o comportamento parecer fora do normal, um adestrador pode ajudar a identificar o real motivo.
Depende muito. Alguns filhotes aprendem em poucas semanas, outros demoram mais. A regularidade no treinamento é o que mais importa.
Sim, desde que sejam apropriados — como ossos naturais desidratados ou brinquedos resistentes como o Kong. Ossos cozidos, jamais!
Sim. Com dedicação e informação confiável, é totalmente possível. Mas um profissional pode tornar o caminho mais rápido e assertivo.
Pode ajudar como medida extra. Mas lembre-se: o mais importante é ensinar o que é certo, não apenas inibir o que é errado.
Quando eu decidi explorar o Centro-Oeste do Brasil, não imaginava o quanto essa viagem mudaria…
Viajar pode ser um deleite para a alma e um alívio para a rotina, mas…
Quando pisei pela primeira vez na Ilha de Paquetá, parecia que tinha saído de um…
Descubra os Valores Reais, Segredos do Planejamento e Como Transformar o Sonho em Realidade! Bonito,…
A chegada da Páscoa, com seus significados religiosos, familiares e afetivos, é o momento ideal…
Quando adotei o Thor, um pastor Alemão, eu não fazia ideia de como a higiene…