Quando eu decidi explorar o Centro-Oeste do Brasil, não imaginava o quanto essa viagem mudaria minha visão sobre o país. Era 2023, e, cansado da rotina na minha cidade, convenci minha família para uma aventura que começou em Brasília e nos levou por paisagens de tirar o fôlego, cidades charmosas e sabores que ainda sinto na boca. O Centro-Oeste – Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal – é um convite à descoberta, um lugar onde a natureza selvagem, a cultura vibrante e a gastronomia única se encontram. Neste guia, vou compartilhar com você um roteiro detalhado, cheio de histórias pessoais, dicas práticas e insights que aprendi na estrada.
Antes de tudo, por que escolher o Centro-Oeste? Em minha experiência, essa região é um Brasil menos óbvio, longe das praias famosas do Nordeste ou do agito de São Paulo. Aqui, você encontra o cerrado em sua essência, o Pantanal com sua fauna rica e cidades que misturam história e modernidade. Além disso, segundo o IBGE, o turismo na região cresceu 12% em 2024, mostrando que mais gente está descobrindo esses tesouros. Para mim, o maior benefício foi me reconectar com a natureza e com minha família – mas, confesso, os desafios, como estradas de terra e calor intenso, também fizeram parte da jornada.
Tudo começou em Brasília. Chegamos numa tarde ensolarada de maio, e eu fiquei impressionado com o céu aberto e a arquitetura de Niemeyer. A capital não é só política – é cultura viva. Visitamos a Catedral Metropolitana, com seus vitrais que parecem dançar com a luz, e o Congresso Nacional, que, de perto, é ainda mais imponente. No Pontão do Lago Sul, tomamos um sorvete enquanto o sol se punha. Para quem viaja com crianças, o Parque da Cidade é perfeito – minha sobrinha correu feliz por lá.Dica prática: Reserve um dia inteiro para explorar. O trânsito pode ser caótico, então planeje bem os horários.
De Brasília, seguimos para Pirenópolis, a duas horas de carro. Quando fomos, as ruas de pedra e as casinhas coloridas me lembraram um filme antigo. A Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário, com sua história desde 1728, é um marco, mas o que eu mais amei foram as cachoeiras. A Cachoeira do Abade foi nossa favorita – a água gelada renovou nossas energias depois de uma trilha leve. À noite, na Rua do Lazer, provamos um pastel de carne que minha esposa ainda elogia.
Desafio: As trilhas podem ser escorregadias após chuvas. Leve um calçado adequado.
Depois, rumamos para a Chapada dos Veadeiros, um lugar que, para mim, é mágico. Declarada Patrimônio da Humanidade pela UNESCO, ela tem cachoeiras como a Santa Bárbara, com água cristalina que parece um espelho, e o Vale da Lua, com rochas esculpidas pela natureza. Fizemos uma trilha no Parque Nacional e, quando vi que o Thor (meu pastor alemão, que veio junto) adorou correr por lá, percebi o quanto valeu a pena. Em Alto Paraíso, a vibe alternativa e as pousadas charmosas completaram a experiência.
Benefício: A energia do lugar recarrega qualquer um. Mas cuidado: sem guia, você pode se perder nas trilhas.
Cuiabá foi nossa próxima parada. Quase morremos de calor. O calor de 38°C nos pegou de surpresa, mas a cidade tem um charme único, com sua cultura indígena e pratos como peixe na telha. De lá, fomos à Chapada dos Guimarães, e o Mirante do Centro Geodésico da América do Sul me deixou sem palavras – a vista dos cânions é surreal. A Cachoeira Véu de Noiva, com seus 86 metros, foi outro destaque. Minha família adorou o passeio, mas o acesso de carro exige paciência por causa das estradas.Insight pessoal: Leve água extra. O sol castiga!
O Pantanal foi o ponto alto da viagem. Dividido entre Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, ele é a maior planície alagável do mundo, com 250 mil km². Fizemos um safári fotográfico no Pantanal Norte e vimos jacarés, capivaras e até uma onça-pintada à distância – um momento que nunca vou esquecer. No Pantanal Sul, perto de Miranda, ficamos numa fazenda e fizemos um passeio de barco ao amanhecer. A observação de aves, como o tuiuiú, encantou minha mãe.
Desafio: Os mosquitos são implacáveis. Repelente é essencial.
Chegar em Bonito foi como entrar num cartão-postal. A flutuação no Rio da Prata foi mágica – nadar com peixes coloridos em águas tão claras é indescritível. A Gruta do Lago Azul, com seu tom turquesa, também impressionou. Já o bóia-cross no Rio Formoso trouxe adrenalina para o grupo. Em minha experiência, Bonito é o ápice do turismo sustentável – tudo é organizado, mas caro. Vale cada centavo.
Dica: Reserve os passeios com antecedência. A procura é alta.
Embora esteja no Tocantins, incluí o Jalapão no roteiro por sua proximidade e vibe de Centro-Oeste. As dunas douradas, os fervedouros (onde você flutua sem afundar) e a Cachoeira da Formiga, com água esmeralda, foram surpresas incríveis. O acesso é difícil – enfrentamos 4 horas de estrada de terra –, mas, quando vimos que o esforço valeu, ficou claro: é um lugar único.
Benefício: A sensação de isolamento e beleza bruta é impagável.
Por falar em surpresas, a culinária do Centro-Oeste é um capítulo à parte. Em Goiás, o arroz com pequi me conquistou, apesar do cheiro forte – minha esposa torceu o nariz, mas eu adorei. Em Mato Grosso, o pacu assado foi um sucesso na família. Já em Mato Grosso do Sul, a sopa paraguaia (que, curiosamente, não é sopa) virou nossa sobremesa favorita. Cada prato conta uma história, e provar tudo isso foi como viajar no tempo.
Dica prática: Experimente sem medo, mas pergunte sobre os ingredientes – o pequi tem espinhos internos!
Planejar a época é crucial. De maio a agosto, o Pantanal está seco, ideal para ver animais. Setembro e outubro são perfeitos para as chapadas, com trilhas firmes. Já de novembro a março, as cachoeiras ficam cheias, mas a chuva pode complicar. Eu fui em maio e adorei – clima ameno e natureza vibrante.
1. Brasília: Chegada e exploração cultural.
2. Pirenópolis: História e cachoeiras.
3-4. Chapada dos Veadeiros: Trilhas e relaxamento.
3. Cuiabá: Cultura e preparo.
4. Chapada dos Guimarães: Mirantes e natureza.
7-8. Pantanal Norte: Safáris e barcos.
9-10. Bonito: Águas e aventuras.
5. Pantanal Sul: Vida selvagem.
6. Campo Grande: Descanso e volta.
Dicas de Ouro para Sua Viagem
Carro: Alugue um 4×4 para as chapadas e o Jalapão.
Roupas: Leve itens leves, chapéu e botas de trilha.
Guias: Contrate locais – segurança e histórias valem o investimento.
Sustentabilidade: Não deixe lixo. Preserve o que viu.
Quando viajei pelo Centro-Oeste, percebi que o Brasil tem muito mais a oferecer do que imaginamos. Das águas de Bonito à vastidão do Pantanal, cada parada foi uma lição de beleza e simplicidade. Em minhas viagens, poucas regiões me marcaram tanto. Então, pegue sua mochila, chame sua família e descubra esse pedaço autêntico do país. Você não vai se arrepender.
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